O que te inspira?

Olá gente!!!!

Esse final de semana eu relembrei uma grande inspiração para mim e comecei a notar detalhes que nunca havia notado, mas que fazem sentido continuar a ter como inspiração.

E daí vocês devem pensar: “Ah, se for profissional deve ser algum livro de filósofo ou jurista renomado, né?”.

Nada disso!

Sim, filósofos e juristas renomados devem acompanhar a vida de uma advogada, mas essa minha inspiração não veio dos livros, mas sim do cinema. E nem espere um grande clássico do direito tradicional, grandes dilemas éticos banhados em drama.

Minha inspiração é “Legalmente Loira”!!!

Ok, já devo ter perdido uns 40% da credibilidade para alguns, mas peço que continue lendo para entender a inspiração.

Elle Woods é todo o estereótipo da “loira burra”, filha única, rica, participa de agremiação elitista, tem a bolsa de chihuahua e nunca se interessou por Direito, até que o namorado termina o namoro porque iria se mudar para Harvard.

Os motivos iniciais são errados, em circunstâncias normais eu nunca admiraria alguém que deixa seu modo de vida (que ama) por um homem que te abandonou, mesmo que você tivesse esperando por algo mais dele. Mas no caso de Elle as coisas são diferentes, por causa desse motivo errado ela se torna um símbolo de algo que sempre defenderei: pensar fora da caixa.

Elle descobriu em Harvard que poderia ser uma grande advogada, apesar de muitos pensarem ao contrário e tentarem a desanimar. Aos poucos ela vai entrando no mundo jurídico, mas do jeito dela, o que poderia dar bem errado, mas deu muito certo. No julgamento em que atuou sob a supervisão de um professor Elle não só consegue inocentar sua cliente, ela consegue descobrir a verdadeira assassina usando um argumento nada ortodoxo… Regras de manutenção de permanente (cabelo).

Quem disso que não podemos solucionar casos complexos com detalhes quase imperseptíveis? Ela poderia não ser especialista em Direito naquele momento, mas suas experiências anteriores para quebrar o álibe de uma mentirosa, vencendo o caso.

E tem mais, usando um belo vestido rosa “pink” nada discreto!

Semana passada fui a uma roda de conversa voltada para mulheres advogadas, uma das participantes foi uma ex professora da faculdade que admiro muito (depois desse dia admiro ainda mais), ela falou que na época de faculdade as mulheres advogadas praticamente precisavam se fantasiar de homem para serem levadas a sério.

Com certeza alguém está lembrando agora de grandes guerreiras do passado que precisaram fazer isso para serem ouvidas!

De toda forma, fantasiar-se de homem não era só usar calças e tauiller, mas usar uma cartela de cores simplória: branco, preto e cinza.

Levando em consideração que o filme é de 2001, acredito que é da mesma época em que essa minha professora fez faculdade. Imagina um juiz brasileiro ver uma Elle Woods da vida, com seu belo vestido rosa nada discreto, bolsa com um chihuahua dentro e um argumento desses? Certeza que a vontade dele seria dizer que ela estava errada só de pirraça!

Eu cheguei a pensar que ser advogada seria abandonar certos gostos, deixar de ser quem eu me descobria ser. Não sou rica, não tenho cachorro, até participo de grupo de jovens, mas nada elitista, mas gosto de buscar coisas tão diferentes que nem parecem do mundo jurídico.  Evito mesmice e busco sair um pouco do óbvio!

Ah, amo cor de rosa e sou capaz de chegar para audiência com vestido rosa (falta só encontrar o vestido =D).

Esse filme me acompanha há anos, fez parte das inspirações para minha festa de 15 anos, estava na citação do meu TCC (a frase é de Aristoteles, mas conheci no filme: “A lei é a razão livre da paixão”) e agora me encoraja a perseguir os sonhos “loucos” desta advogada aqui.

Nós, advogados, precisamos conhecer o tradicional e o regrado, mas podemos ir além. Inspirem-se em quem está perto, mas não tenham medo de ir atrás de Elle Woods, Annalise Keating, Olivia Pope, Peter Bash, Jared Franklin, Marshall Eriksen, Harvey Specter, Jessica Pearson ou qualquer outro com quem você se identifica.

O que esse advogados da ficção fazem pode não se aplicar inteiramente à legislação brasileira, mas eles podem te mostrar algumas saídas criativas!

Pensem nisso e depois me contem quem te inspira!

Até mais.

Obs.: Quem conhece todos esses advogados? Quem conhecer é tão “louco das séries” quanto eu rsrsrsrsrsrsrs.

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